Categoria: Fórmula 1

Grande Prémio de Itália 2024: Leclerc vence em Monza

Charles Leclerc foi o mais rápido em Monza e venceu o Grande Prémio de Itália pela segunda vez, garantindo a sua sétima vitória na carreira em Fórmula 1. Foi a 20ª vitória da Ferrari neste evento, e a 246ª no total.

Leclerc cortou a meta à frente dos dois pilotos da McLaren, superando Oscar Piastri por 2,664 segundos e Lando Norris por 6,153 segundos. Estes três tiveram a honra de usar a edição especial do boné de pódio, em branco, com a bandeira italiana na aba. Estes bonés podem ser adquiridos através deste link.

Os três pilotos e o Diretor Desportivo da Ferrari, Diego Ioverno, receberam todos um troféu VROOOM, desenhado pelo artista Andrea Sala, numa colaboração já habitual entre a Pirelli e o Pirelli HangarBicocca, para o Grande Prémio de Itália.

A corrida foi uma repetição do cenário da qualificação, com as quatro melhores equipas do campeonato a ocuparem os oito primeiros lugares. As duas últimas posições pontuáveis foram ocupadas por Alex Albon, da Williams, e Kevin Magnussen, da Haas, que terminaram em nono e em décimo repetivamente,
O DIA NA PISTA

No início da corrida, a maioria dos pilotos (14) optou pelos pneus Médios. Os pneus Duros foram escolhidos pelos dois Red Bulls, Lance Stroll (Aston Martin), Esteban Ocon (Alpine), Yuki Tsunoda (Racing Bulls) e Valtteri Bottas (Sauber). Yuki Tsunoda foi o único piloto que não conseguiu chegar à bandeira de xadrez. Dos 19 restantes, nove fizeram uma paragem nas boxes, enquanto dez fizeram duas ou mais (Stroll, três).

Daniel Ricciardo (Racing Bulls) fez o stint mais longo de todos, completando 42 voltas com os pneus Duros. Esteban Ocon destacou-se com os Médios, realizando um segundo stint de 21 voltas com os C4.

MARIO ISOLA – DIRETOR MOTORSPORT DA PIRELLI

“Do ponto de vista técnico, este foi um Grande Prémio que teve de tudo: batalhas na pista, com algumas ultrapassagens espetaculares, como a de Piastri sobre Norris, e um confronto estratégico entre aqueles que optaram por duas paragens e os que fizeram apenas uma.

Dissemos antes do evento que a estratégia de uma paragem seria a mais rápida, e isso ficou provado. O facto de quase todas as equipas terem guardado dois conjuntos de pneus Duros para a corrida deu-lhes a flexibilidade de optar por diferentes cenários, se necessário. Deve-se ter em mente que ninguém tinha dados suficientes para avaliar completamente o desempenho dos C3 com uma superfície de pista completamente nova.

A gestão da granulação foi fundamental e provavelmente foi afetada pela evolução da pista. A análise inicial dos dados e as verificações visuais dos pneus no final de cada stint mostraram que a granulação foi muito significativa na primeira parte da corrida, especialmente no pneu dianteiro esquerdo, mas menos no traseiro esquerdo, tanto nos pneus Duros como nos Médios, enquanto nos stints seguintes o fenómeno foi menos relevante. Um fator vital, portanto, foi a sensação dos pilotos durante a corrida e a sua capacidade de gerir os pneus, especialmente para aqueles que mantiveram a estratégia que tinham escolhido no início, nomeadamente a de uma paragem.”

O que se segue?

A ação da Fórmula 1 continua na próxima semana no circuito de Monza, com dois dias de testes de desenvolvimento focados nos compostos de pneus para a próxima temporada. Três equipas irão fornecer carros e pilotos para este trabalho importante para 2025: na terça-feira, 3 de setembro, George Russell estará em pista com a Mercedes e Liam Lawson conduzirá um Red Bull. Na quarta-feira, o neozelandês passará a conduzir um carro da Racing Bulls.

Grande Prémio de Itália: A Fórmula 1 vai ‘Vrooom’

“Vrooom” é uma onomatopeia que captura o som de um motor potente em aceleração ou a funcionar a altas rotações, normalmente associada a veículos motorizados, como carros ou motas, evocando a ideia de velocidade, energia e movimento. O Autódromo Nacional de Monza é conhecido como o Templo da Velocidade, um título apropriado dado que, no Grande Prémio de Itália de 2003, Michael Schumacher, ao volante de um Ferrari, estabeleceu o recorde de velocidade média mais alta de sempre numa corrida, ao alcançar 247,585 km/h. Haveria melhor maneira de reconhecer este feito além de dar o nome de “VROOOM” aos troféus que serão entregues aos três pilotos mais rápidos da corrida de domingo?

Desde 2021, que o troféu para o Grande Prémio de Itália, que conta com a Pirelli como patrocinador principal, tem sido desenhado por um artista em colaboração com o Pirelli HangarBicocca. Este ano, a tarefa foi confiada a Andrea Sala, um artista altamente respeitado no mundo da arte contemporânea, cujos trabalhos são exibidos em importantes museus e coleções privadas, e que sempre explorou a relação entre a arte, a história do design italiano e a manufatura industrial. A obra de arte que desenhou, intitulada “VROOOM”, representa, de forma abstrata, a longa história dos pneus Pirelli, combinada com impressões de velocidade e aceleração. A parte principal do troféu, do qual foram produzidos quatro exemplares para os três pilotos e o representante da equipa vencedora da corrida italiana, é feita de Valchromat, com uma base de alumínio cromado.

“O conceito e a idealização do troféu surgiram depois de uma série de visitas a diversas áreas do mundo da Pirelli, desde os departamentos de Investigação e Desenvolvimento até ao processo de produção, para explorar mais sobre o universo dos pneus, desde a borracha natural até aos materiais usados na sua construção, assim como a consulta ao arquivo da Fundação Pirelli,” explicou Sala. “O nome VROOOM captura exatamente o que eu queria representar, ou seja, a imagem da Fórmula 1 que sempre tive desde criança: a partida, os carros alinhados na grelha, as luzes a apagar-se e o sprint até à primeira curva. O troféu transforma este momento – o ponto de partida de tudo, a aceleração, a velocidade – numa escultura.”

Os troféus “VROOOM” estarão em exibição no evento Pirelli Tyres Talk, exclusivo para a imprensa, na sexta-feira, 30 de agosto, na garagem Pirelli Hot Laps (boxes 7 e 8), pouco antes da primeira sessão de treinos livres. Além do artista, estarão presentes no evento Nikolas Tombazis, Diretor de Monolugares da FIA, e Mario Isola, Diretor de Motorsport da Pirelli.

Outra novidade para o FORMULA 1 PIRELLI GRAN PREMIO D’ITALIA 2024 será uma edição especial do Boné do Pódio, que, tal como aconteceu este ano em Miami, Montreal e Silverstone, apresentará a bandeira nacional italiana.

A terceira e, do ponto de vista técnico, mais importante mudança para o Grande Prémio de Itália deste ano diz respeito ao asfalto. O circuito iniciou um processo de renovação e modernização das suas instalações, com o objetivo de assegurar o seu futuro, e a primeira fase deste trabalho incluiu a repavimentação completa da pista. Além disso, alguns dos passadiços subterrâneos foram alterados: o de Santa Maria delle Selve e os dois na reta entre a chicane Ascari e a Parabólica, juntamente com a construção de um novo passadiço que liga a entrada de Vedano à Parabólica. O sistema de recolha e drenagem de águas do circuito também foi renovado.

Os trabalhos envolveram uma equipa de 240 pessoas e 92 veículos. Após a conclusão, no início de agosto, uma equipa de engenheiros da Pirelli realizou uma inspeção à nova superfície, partilhando os dados com a FIA e as equipas, em preparação para a última etapa europeia da temporada de Fórmula 1. Como é habitual com asfalto recém-colocado, a superfície é mais lisa e de cor mais escura. Este último fator poderá influenciar a temperatura da pista, que, em dias de sol, poderá ser significativamente mais alta do que no passado, podendo até ultrapassar os 50 °C. Em teoria, a nova superfície deverá oferecer mais aderência, o que influenciará o desempenho dos pneus e o seu intervalo de temperatura de operação. É muito provável que a evolução da pista seja acentuada ao longo do fim de semana, à medida que as várias categorias em competição acumularem voltas.

Em Monza, os monolugares utilizam geralmente a configuração aerodinâmica mais baixa da temporada para reduzir a resistência ao ar, favorecendo a velocidade máxima. A estabilidade durante a travagem e a tração à saída das duas chicanes são os fatores que mais exigem dos pneus, além das cargas laterais nas curvas rápidas, como a Parabólica, agora com o nome de Michele Alboreto (em sua homenagem), e a Curva Grande, que não devem ser subestimadas. Para o evento deste ano, os três compostos selecionados são os mesmos de 2023: C3 (Duro), C4 (Médio) e C5 (Macio).

Este é um circuito onde o tempo necessário para uma paragem nas boxes é um dos mais longos do ano, pelo que, em teoria, uma estratégia de uma paragem será a mais rápida. Nos treinos livres, será importante avaliar o efeito que a nova superfície pode ter no comportamento dos pneus em longas distâncias, tanto em termos de desempenho como de desgaste. No ano passado, a corrida foi muito linear, com os dois compostos mais duros a serem a escolha óbvia. 17 dos 20 pilotos optaram por começar com o C4, e apenas três – Hamilton, Bottas e Magnussen – preferiram o C3. 14 pilotos fizeram apenas uma paragem, seis pararam duas vezes, embora no caso de Piastri isso se tenha devido à necessidade de trocar a asa dianteira após uma colisão com Hamilton. Os restantes cinco – Gasly, Zhou, Lawson, Hulkenberg e Magnussen – adotaram essa estratégia devido à elevada degradação dos pneus no primeiro stint.

O Grande Prémio de Itália tem sido uma presença constante no calendário do Campeonato Mundial de Fórmula 1 desde o seu início, e esta será a sua 75ª edição. Foi realizado em Monza todos os anos, exceto em 1980, quando a corrida foi realizada em Imola. Michael Schumacher e Lewis Hamilton são os maiores vencedores, com cinco vitórias cada, seguidos por Nelson Piquet com quatro. Em termos de pole positions, Hamilton lidera com 7, seguido por Juan Manuel Fangio e Ayrton Senna, ambos com 5. Hamilton e Schumacher também partilham o recorde de pódios, com 8 cada, e Sebastian Vettel e Fernando Alonso estão empatados em terceiro com 6. A Ferrari lidera no número de vitórias por equipa, com 19, pole positions, com 23, e pódios, com 17. No entanto, a Scuderia não é a única equipa italiana a ter triunfado em casa. A equipa de Faenza, que tem corrido sob uma licença emitida pelo Automóvel Clube de Itália desde os tempos da Minardi até à sua atual encarnação como Visa CashApp Racing Bulls, venceu em Monza sob a bandeira da Toro Rosso, com Sebastian Vettel, em 2008, e novamente em 2020, quando, já como AlphaTauri, conseguiu a sua segunda vitória até à data, com Pierre Gasly ao volante.

Grande Prémio dos Países Baixos: Norris domina em casa de Verstappen

Lando Norris conseguiu o pleno no Grande Prémio dos Países Baixos. O britânico conquistou a pole position, venceu a corrida e registou a volta mais rápida. Com isto, o piloto da McLaren tornou-se no 48.º piloto a conseguir o triplete num Grande Prémio. O ótimo arranque de Max Verstappen, a partir da segunda posição, manteve vivas as esperanças do público da casa, naquela que foi a sua 200.ª aparição num Grande Prémio, mas não foi o suficiente. O segundo lugar foi, no entanto, importante em termos de campeonato, uma vez que ainda conserva uma vantagem de 70 pontos sobre Norris, quando faltam nove corridas para o final do campeonato. Charles Leclerc foi terceiro, garantindo, assim, o 12.º pódio da Ferrari nesta temporada.

Esta foi a 186.ª vitória da McLaren, a terceira esta época. Oscar Piastri, que terminou na quarta posição, é o único piloto que completou todas as 917 voltas das corridas desta temporada.
O DIA NA PISTA

16 pilotos optaram por alinhar na grelha de partida com pneus Médios, enquanto 3 – Hamilton, Tsunoda e Bottas – escolheram os pneus Macios. Magnussen, que iniciou a corrida a partir das boxes, começou com pneus Duros. Três quartos dos pilotos executaram uma estratégia de uma só paragem, escolhendo os Duros para o segundo stint (Magnussen trocou para os Médios). Os pilotos da Mercedes fizeram duas paragens, com Hamilton a usar dois conjuntos de C3, e com Russell a terminar no mesmo composto depois de passar pelos Médio e pelos Duros. Tsunoda, Bottas e Zhou usaram os três compostos disponíveis e Albon usou dois conjuntos de C2, separados por um stint de Duros.

Hulkenberg fez o stint mais longo da corrida, com 57 voltas com pneus Duros. Piastri registou o maior número de voltas com Médios (33 voltas), e Hamilton foi o piloto que mais voltas somou com os Macios (24 voltas).

MARIO ISOLA – DIRETOR MOTORSPORT DA PIRELLI

“Foi uma corrida muito intensa, onde vimos um piloto e uma equipa – Lando Norris e McLaren – a demonstrarem uma clara superioridade sobre os seus rivais. Atrás dele, houve uma grande batalha entre os dois grupos de equipas que emergiram esta temporada: o grupo líder, composto por McLaren, Red Bull, Ferrari e Mercedes, e o restante pelotão, todos a lutar pelos pontos restantes.”

“Em termos de estratégia, as nossas previsões para a corrida foram confirmadas, nomeadamente que a opção mais rápida era a de uma paragem. A partir da pequena quantidade de dados adquiridos durante os treinos livres e com base nas simulações anteriores, esperávamos ver mais carros a utilizar os Macios para beneficiar da sua vantagem de desempenho sobre os Médios, mas provavelmente a maioria das equipas decidiu abordar o primeiro stint com mais cautela, dado que não tinham muita informação disponível. Na verdade, os Macios mostraram-se à altura da tarefa, como ficou evidente com Hamilton, que foi o piloto que mais posições recuperou em relação à sua posição na grelha de partida, começando com o C3 e depois optando por usá-lo novamente no seu terceiro stint.”

GP de Barcelona 2024: Max vence novamente!

Max Verstappen voltou a impor a sua autoridade. O piloto da Red Bull assegurou uma vitória significativa no Grande Prémio de Espanha, após alguns duelos intensos no início da corrida, primeiro com Lando Norris e depois com George Russell, demonstrando uma excelente gestão de pneus.

Norris tentou uma estratégia diferente de Verstappen, mas foi ultrapassado no início da corrida, prolongando depois os seus dois primeiros stints para tentar alcançar o líder nas fases finais com pneus macios teoricamente mais frescos. No entanto, vale a pena notar que Max utilizou o seu conjunto de C3 novos no último stint, enquanto Norris já os tinha utilizado no início.

Lewis Hamilton foi terceiro, regressando ao pódio pela primeira vez desde o Grande Prémio do México do ano passado. Isto significa que, todos os anos desde a sua estreia em 2007, durante 18 temporadas consecutivas, o sete vezes campeão mundial conseguiu terminar no top três pelo menos uma vez.

Esta foi a 61.ª vitória de Verstappen, a quarta nesta pista, onde há oito anos obteve a sua primeira vitória na Fórmula 1. Para a Red Bull, é a vitória número 120, a sétima em dez corridas nesta temporada, e esses números significam que o holandês é responsável por pouco mais de metade do total de vitórias da equipa.


O DIA NA PISTA

Não se registaram desistências, com 11 dos 20 pilotos a completarem a distância total, enquanto nove foram dobrados. Todos os 19 pilotos na grelha de partida começaram com os pneus macios C3. Por seu turno, Albon, que teve de começar a partir da via das boxes, optou pelo composto C2. As paragens nas boxes começaram logo na volta 9 com Tsunoda, mas os líderes esperaram até à volta 15 (Sainz e Russell) para trocarem para médios, com Norris e Leclerc a prolongarem os seus stints o máximo possível, até à volta 23 no caso do primeiro e 24 no caso do segundo. Para o terceiro stint, os pneus duros também entraram em ação, sendo utilizados pela maioria dos pilotos. No entanto, entre os líderes, os pneus macios, escolhidos por Verstappen, Hamilton, Leclerc e pela dupla da McLaren, prevaleceram na parte final da corrida. Apenas Sainz e Russell optaram pelos duros.

Apenas dois pilotos, Perez e Tsunoda, fizeram três paragens, enquanto 12 usaram todos os três compostos disponíveis: além dos dois já mencionados, os únicos pilotos que não o fizeram foram Perez, Albon e Bottas. O finlandês fez o stint mais longo, realizando 37 voltas com os duros, enquanto Zhou liderou a lista de voltas realizadas com os pneus médios (32 voltas) e Leclerc com os macios (24).

MARIO ISOLA – DIRETOR PIRELLI MOTORSPORT

“Foi uma corrida muito intensa e por vezes espetacular. Aqui estou a pensar no início incrível de Russell, semelhante ao de Alonso em 2011, e nos duelos entre o britânico com Max e depois com Lando. A corrida entre os líderes foi como um jogo de xadrez entre as quatro equipas que preencheram os oito primeiros lugares, com movimentos e escolhas estratégicas e, claro, ao nível da gestão de pneus. No entanto, do nosso lado, foi realmente uma corrida muito linear. Todos os três compostos registaram um bom desempenho, tanto em termos de desgaste como de degradação, apesar de as temperaturas terem sido significativamente mais altas do que as previstas ontem. O mesmo pode ser dito das estratégias, no que diz respeito ao uso dos pneus e às janelas de paragem nas boxes. Os pneus macios e médios ofereceram o melhor desempenho. Apesar das temperaturas mais altas, os pneus duros tiveram um pouco de dificuldade em termos de desempenho geral, não oferecendo uma vantagem decisiva no que à degradação diz respeito.”

O QUE SE SEGUE?

O calendário do Campeonato Mundial de Fórmula 1 está no seu período mais preenchido neste momento, com cinco Grandes Prémios no espaço de seis semanas: depois de Barcelona, segue-se o Grande Prémio da Áustria no próximo fim de semana, a terceira ronda deste ano a apresentar o formato Sprint. Também no próximo fim de semana, Spa-Francorchamps acolhe as 24 Horas Crowdstrike, a ronda mais importante do Fanatec GT World Challenge Europe. Não menos de 67 carros estarão em pista, todos com pneus Pirelli.

Lando Hope and Glory

Lando Norris garantiu a sua primeira vitória na Fórmula 1 naquela que foi a terceira edição do Grande Prémio de Miami. Em Xangai, há duas semanas, o piloto da McLaren alcançou o recorde do piloto com mais pódios sem vitórias, um azar que chegou ao fim nos EUA. Norris tornou-se, assim, o 114.º piloto a vencer pelo menos um Grande Prémio. Esta foi também a vitória número 184 para a McLaren, a primeira desde Monza, em 2021, quando Daniel Ricciardo bateu o mesmíssimo Norris, então companheiros de equipa, para fazer a dobradinha.

Max Verstappen, piloto da Red Bull, e Charles Leclerc, piloto da Ferrari, fecharam o pódio. Registo também para os primeiros pontos da Alpine na temporada, com Esteban Ocon a terminar no 10.º posto. Vale destacar que, nas três edições desta prova, o piloto que largou da pole position terminou sempre em segundo lugar. Em 2022 foi Leclerc, no ano passado Perez e desta vez Verstappen.
O DIA NA PISTA

Como previsto, a estratégia de uma paragem era a única plausível, mas o primeiro Safety Car Virtual, na volta 22, seguido de um Safety Car real, na volta 28, atrapalharam os planos, dando àqueles que ainda não haviam parado nas boxes a chance de fazê-lo reduzindo significativamente o tempo perdido em relação aos pilotos que já haviam trocado os pneus. Isto reorganizou as posições e a ordem permaneceu relativamente estática nas fases iniciais do reinício da corrida, pelo menos entre os líderes.

Foram realizadas um total de 1.110 voltas. O C3 foi o que fez mais trabalho (562 voltas, ou seja, 50,6% da corrida) com uma quilometragem ligeiramente superior ao C2 (504 voltas, ou seja, 45,4% da corrida). O C4 foi usado apenas pelos dois pilotos da Sauber e provou estar à altura da tarefa em termos de degradação e de desempenho.

Além de assistirmos a um novo vencedor de corridas de Fórmula 1, houve também novidades no que ao boné de pódio diz respeito. A Pirelli ofereceu um boné especial na cor turquesa, a fazer lembrar as águas que banham a cidade, e com a presença de palmeiras, elemento emblemático de Miami, ao lado da bandeira dos Estados Unidos Estados da América.

MARIO ISOLA – DIRETOR PIRELLI MOTORSPORT

“Em primeiro lugar, quero dar os parabéns ao Lando Norris pela sua primeira vitória na Fórmula 1. Tenho a certeza de que ele nunca esquecerá as emoções que sentiu nos quilómetros finais e depois no pódio!

Estranhamente, apesar das surpresas trazidas pelos Safety Cars, primeiro o virtual e depois o real, foi uma corrida muito linear em termos de comportamento dos pneus: apenas uma paragem e pneus que, qualquer que fosse a cor da sua banda, se degradaram relativamente pouco, em parte devido à ausência de granulação e também à pouca diferença de desempenho entre os monolugares.

Dito isto, vimos que os dois compostos mais utilizados, o C2 e o C3, permitiram aos pilotos dar o máximo durante quase toda a corrida, como se pode verificar pelo estudo da cronologia dos tempos por volta, o que tornou a corrida muito interessante, mesmo que no papel tudo indicasse alguma limitação ao nível das estratégias. Obviamente, o VSC e o SC arruinaram os planos de várias equipas, enquanto outros tiveram mais sorte ou mais inteligência, mas isso faz parte das corridas.

Como sempre, será importante analisar cuidadosamente todos os dados adquiridos ao longo dos três dias deste Grande Prémio, porque poderão ser úteis em termos de seleção de compostos e na compreensão da interação entre os pneus e os vários tipos de superfície das pistas. Na verdade, é por isso que a Fórmula 1 é um desporto fascinante, porque todos os dias podemos aprender algo que pode levar ao progresso.”

Pirelli celebra o GP de Miami com um boné de pódio comemorativo.

O Grande Prémio de Miami marca a sexta etapa da temporada, sendo a primeira de três que serão realizadas nos Estados Unidos. Esta é apenas a terceira edição deste evento, que se estreou no calendário em 2022. Este circuito urbano circunda o Hard Rock Stadium, casa dos Miami Dolphins, equipa de futebol americano, que em 2024 também sediará, entre outros eventos, a final da Copa América de futebol. Os espaços de trabalho das equipas de Fórmula 1 estão localizados dentro deste recinto, criando um ambiente verdadeiramente exclusivo.

A pista, com uma extensão de 5.412 metros, que os pilotos terão de percorrer 57 vezes no domingo, possui 19 curvas, três retas, três zonas de DRS e alguns pontos onde a velocidade pode ultrapassar os 340 km/h. A sua topografia conta com diversas mudanças de elevação, a maior das quais entre as curvas 13 e 16. Também é preciso enfrentar uma pequena subida na chicane formada pelas curvas 14 e 15.

Os três sectores são muito variados, proporcionando uma volta com um pouco de tudo. A primeira parte conta com uma série de oito curvas de alta velocidade, enquanto o segundo sector apresenta uma longa reta e algumas curvas de baixa velocidade. A parte final consiste numa reta e três curvas fluídas. Apesar de apenas haver dados históricos de duas corridas, podemos deduzir que o Grande Prémio de Miami se situa na média em termos de número de ultrapassagens. As forças laterais e longitudinais a que os pneus estarão sujeitos também são de nível médio, já que os monolugares deverão rodar com configurações aerodinâmicas de carga média ou baixa.

A Pirelli selecionou os compostos intermédios da gama de F1 para este Grande Prémio: C2 (Duro), C3 (Médio) e C4 (Macio). A pista foi repavimentada antes da corrida do ano passado e encontra-se muito lisa, o que proporciona níveis de aderência bastante baixos, uma característica que é agravada pelo facto de não ser usada para nenhum outro evento automobilístico além da Fórmula 1. Portanto, a evolução da pista será muito significativa durante o fim de semana e é possível que ocorra o fenómeno do “graining”, especialmente com os compostos Médio e Macio.

Miami conta com um clima tropical, com temperaturas ambiente que geralmente ultrapassam os 25°C, e que frequentemente chegam perto dos 30°C (o recorde é de 33°C). Nos primeiros dez dias de maio são esperados dias ensolarados, embora não se possa descartar a possibilidade de chuvas ou tempestades. O vento é outro factor a considerar, com uma brisa marinha constante que pode atingir rajadas de até 50 km/h. Em 2023, a temperatura do asfalto atingiu os 55°C, uma das mais altas de toda a temporada.

No que diz respeito à estratégia, o Grande Prémio de Miami pode ser entendido como uma corrida clássica de uma única paragem, normalmente disputada com os compostos Duro e Médio. Na temporada passada, Max Verstappen, que viria a vencer a corrida, partiu do nono lugar na grelha com pneus Duros antes de mudar para os Médios na sua única visita às boxes. Os seus companheiros de pódio, Sergio Pérez e Fernando Alonso, fizeram o oposto (Médio-Duro).

Tal como aconteceu na China, Miami receberá o segundo fim de semana com o formato Sprint. Assim, pilotos e equipas terão apenas uma única hora de treinos livres na manhã de sábado para encontrar a melhor configuração e avaliar o comportamento dos pneus. À tarde, a classificação Sprint será iniciada, ordenando a grelha de partida para a corrida Sprint, prevista para a manhã de sábado. Uma vez concluída, será suspensa a normativa do parque fechado para permitir que as equipas trabalhem nas duas sessões do Grande Prémio: a qualificação de sábado à tarde e a corrida de domingo.

Miami também será palco da segunda ronda de 2024 da F1 Academy. Ao contrário da primeira ronda, disputada em Jidá, esta prova, nos Estados Unidos, recuperará o formato habitual do resto da temporada, com duas sessões de treinos livres, uma única sessão de qualificação e duas corridas. Abbi Pulling (Rodin Motorsport-Alpine) chega à Florida como líder, com 44 pontos, e uma vitória, seguida por Maya Weug (Prema Racing-Ferrari) com dez pontos a menos e Doriane Pin (Prema Racing-Mercedes) com onze pontos a menos, vencedora da corrida 1 em Jidá. Uma semana após Miami, Pin competirá pela equipa Iron Dames ao lado de Marta García na primeira etapa do Campeonato Europeu de Fórmula Regional Alpine (FRECA) em Hockenheim, Alemanha. García conquistou o primeiro título da F1 Academy em 2023 e, como parte do prémio, encontra-se a receber apoio financeiro da Pirelli.

Grande Prémio De F1 Da China: Corrida

O domínio de Max Verstappen foi, mais uma vez, a história do dia em Xangai. Depois de vencer ontem o primeiro Sprint de 2024, o tricampeão mundial somou mais uma vitória ao seu registo. Quer isto dizer que o neerlandês soma agora quatro vitórias em cinco corridas disputadas no presente ano, o que aumenta a sua contagem de vitórias para 58 em 190 corridas. A Red Bull soma agora 117.

Lando Norris, da McLaren, e Sergio Pérez, da Red Bull, terminaram na segunda e terceira posições, respetivamente. Foi o 15º pódio para o inglês e o 39º para o mexicano. Fernando Alonso, que terminou na 7.ª posição, conquistou o ponto extra atribuído ao autor da volta mais rápida da corrida.

A HISTÓRIA DA CORRIDA

Como esperado, a maioria dos pilotos começou com o composto Médio. Hamilton, Stroll, Sargeant e Tsunoda começaram com o pneu Macio e Magnussen com o Duro.

O rumo estratégico da corrida foi marcado por três interrupções do safety car, uma virtual e duas reais, num total de 17 minutos. Estas circunstâncias, fizeram com que seis pilotos (Hamilton, Alonso, Stroll, Sargeant, Tsunoda e Zhou) utilizassem os três compostos para piso seco disponíveis. A complexidade tática, aliás, ficou clara pela diversidade que os integrantes do top 10 seguiram: Norris, Sainz e Leclerc passaram pelas boxes apenas uma vez; Verstappen, Pérez, Russell, Hamilton, Piastri e Hulkenberg trocaram de pneus duas vezes, e Alonso três.

Carlos Sainz protagonizou o stint mais longo do GP com Duros (39 voltas), Magnussen foi o que mais rodou com Médios (29 voltas) e Alonso foi o que esteve mais tempo com Macios (20 voltas).

PRÓXIMO GRANDE PRÉMIO: MIAMI (3-5 DE MAIO)

A Fórmula 1 visita a América do Norte pela primeira vez este ano, no circuito Hard Rock Stadium, em Miami, de 3 a 5 de maio. Esta será a segunda vez na temporada que será utilizado o formato Sprint, que será abordado com os mesmos compostos de Xangai: C2, C3 e C4.

Grande Prémio De F1 Da China: Começar Do Zero

O Grande Prémio da China está de volta ao calendário após uma ausência de cinco anos. O ano de 2019 foi o último em que a Fórmula 1 passou por Xangai. Nessa ocasião foram realizadas celebrações para marcar o milésimo evento na história do campeonato mundial de maior prestígio do automobilismo. A longa pausa deveu-se ao lento regresso à normalidade na sequência dos efeitos da pandemia de Covid-19, com a China a regressar agora ao calendário. A primeira edição deste Grande Prémio foi realizada em setembro de 2004.

As 16 edições foram realizadas no Circuito Internacional de Xangai, projetado por Hermann Tilke, cujo traçado foi inspirado no carater chinês “shang”, que significa “alto”. O percurso de 5.451 quilómetros conta com 16 curvas, muitas delas muito lentas, como por exemplo a sequência das curvas 1 a 3 e 6 a 14, e outras de alta velocidade, como as curvas 7 e 8. O circuito conta ainda com duas longas retas, uma na zona da meta e a segunda entre as curvas 13 e 14, ambas usadas como zona de DRS.

Com base em simulações e dados anteriores, os pneus estarão sujeitos a forças laterais e longitudinais que se enquadram na categoria média, o que provocará um maior desgaste da parte externa do pneu, especialmente no lado esquerdo do carro. Foram escolhidos os pneus intermédios da gama para este grande prémio: C2 (Duros), C3 (Médios) e C4 (Macio). Na teoria, é a mesma escolha da prova que se realizou em 2019, mas nessa altura estavam em uso os pneus de 13 polegadas, instalados na geração anterior de monologares. Na verdade, para os pilotos, as equipas e até para a Pirelli, é praticamente uma questão de começar do zero, visto que as referências são muito vagas.

Para complicar ainda mais a situação, o Grande Prémio da China será o primeiro de seis eventos desta temporada no formato Sprint, que este ano foi ligeiramente modificado em termos da ordem de execução das sessões. Os treinos livres e a qualificação Sprint decorrerão na sexta-feira, a corrida Sprint e a qualificação no sábado, com o Grande Prémio, como sempre, no domingo. O Parc ferme também foi alterado, passando a ser dividido em duas partes: uma que cobre a qualificação e a corrida Sprint e a outra que começa antes da qualificação de sábado à tarde.

Isto significa que haverá apenas uma hora de treinos livres na sexta-feira para encontrar a afinação certa para os monolugares e, acima de tudo, para avaliar os pneus durante uma longa corrida numa pista que inevitavelmente estará longe das condições ideais. É provável que, em termos de aderência, a evolução da pista, que não sofreu alterações desde 2019, e que foi utilizada com pouca frequência desde então, seja muito significativa, à medida os monolugares forem depositando borracha na superfície. Isto significa que o trabalho no simulador assume uma importância ainda maior para os pilotos e engenheiros, tanto na preparação como durante a prova.

O formato Sprint também significa uma alocação diferente de pneus para piso seco, caindo de 13 para 12 conjuntos (dois duros, quatro médios e seis macios), enquanto o número de conjuntos para chuva permanece o mesmo (cinco intermédios e dois de chuva). Nos meses de abril, a meteorologia pode sofrer alterações repentinas em Xangai, com variações a rondar os 10 °C, o que acrescenta mais uma variável ao puzzle que as equipas e pilotos devem montar. Normalmente, o Grande Prémio da China é uma corrida de duas paragens. Tal como aconteceu em Suzuka, o undercut é geralmente muito eficaz em Xangai.

Dos 20 pilotos que compõem a grelha de partida deste ano, apenas três subiram ao degrau mais alto do pódio de Xangai: Lewis Hamilton (seis vezes), Fernando Alonso (duas vezes) e Daniel Ricciardo (uma vez). Hamilton soma também seis poles em Xangai. Em termos de equipas, a Mercedes lidera com seis vitórias, à frente da Ferrari com quatro, enquanto a Red Bull venceu duas vezes. Na verdade, foi aqui, em 2009, que Sebastian Vettel deu a primeira vitória à equipa.

Red Bull dominante em Suzuka

Max Verstappen acrescentou mais uma pérola à sua série de vitórias, com um desempenho dominante no Grande Prémio do Japão. Esta foi a terceira vitória consecutiva do holandês em Suzuka, a 57ª da carreira. Sergio Perez garantiu a terceira dobradinha da temporada da Red Bull, a 31ª da história da equipa.

Carlos Sainz terminou em terceiro, somando o seu terceiro pódio em outras tantas corridas no presente ano, depois de ter falhado a prova de Jidá, devido a uma apendicite. Foi o 25º pódio da Ferrari no Grande Prémio do Japão.

O DIA NA PISTA

A corrida começou com uma divisão bastante equilibrada entre os pilotos que optaram com pneus do composto Médio (todos os que estavam nos dez primeiros, à exceção de Alonso, e Ricciardo, Tsunoda e Zhou) e aqueles que optaram pelo Macio. No entanto, a bandeira vermelha na primeira volta permitiu que sete pilotos – as duplas da Mercedes e Alpine, Sargeant, Tsunoda e Zhou – aproveitassem a oportunidade para trocar de compostos. A dupla da Mercedes passou de Médios para Duros, os dois Alpines e Sargeant, da Williams, passaram de Macios para Médios, e Tsunoda (Racing Bulls) e Zhou (Sauber) de Médios para Macios.

O reinício significou, na prática, uma redução da corrida em duas voltas. As equipas optaram assim por diversas opções estratégicas, tanto em termos do número de paragens como na utilização dos compostos disponíveis. O mais utilizado foi o C1 (545 voltas – 60% da corrida), seguido do C2 (281 voltas – 31% da corrida) sem muita diferença em termos de degradação. O composto Macio (81 voltas – 9% do total da corrida) também teve um papel a desempenhar, quer na partida, quer nas fases finais, apesar de ter demonstrado uma degradação significativa.

MARIO ISOLA – DIRETOR MOTORSPORT DA PIRELLI

“Acho que mais uma vez a Fórmula 1 provou ser uma forma de corrida espetacular. Numa das pistas mais exigentes para pilotos e carros, assistimos a uma corrida com muitas ultrapassagens, e diversas estratégias, em parte graças ao facto de os três compostos que escolhemos para esta ronda estarem à altura da exigência. Isso permitiu aos pilotos escolher entre diferentes opções, tanto em termos de troca de compostos como em relação às visitas às boxes.

Embora seja verdade que, mais uma vez, a Red Bull e Max Verstappen tenham tido uma vantagem que lhes permitiu garantir a vitória com relativa facilidade, assistimos a grandes batalhas mais atrás, não apenas na pista, mas também entre as equipas nas boxes.

Hoje foi o dia mais quente do fim de semana, com a pista a atingir temperaturas de 40°C no início da corrida que depois caíram para 32°C e, por isso, a degradação térmica foi significativa. Quem fez o melhor trabalho de gestão conseguiu conquistar vários lugares: principalmente Leclerc que fez uma corrida excecional neste aspeto, porque a sua única paragem permitiu-lhe passar do oitavo para o quarto lugar. O undercut provou ser muito eficaz, mas é um facto que aqueles que pararam demasiado cedo ficaram em desvantagem nas fases finais de cada stint. Todas essas variáveis criaram diferenças de desempenho que facilitaram as ultrapassagens, o que foi ótimo para os espetadores. Na verdade, os fãs que lotaram Suzuka durante todo o fim de semana realmente contribuíram para o espetáculo e foi ótimo vê-los a comemorar o décimo lugar do herói local Yuki Tsunoda.”

O QUE SE SEGUE PARA OS NOSSOS PNEUS?

Shanghai recebe a quinta etapa do Campeonato Mundial, de 19 a 21 de abril, após 5 anos de ausência e 20 anos depois da sua primeira aparição no calendário, em 2004. Shanghai será o palco da estreia do novo formato Sprint (treinos livres e qualificação Sprint na sexta-feira, Sprint Race e qualificação no sábado e o Grande Prémio propriamente dito no domingo). A Pirelli escolheu os três compostos intermédios: C2 (Duro), C3 (Médio) e C4 (Macio).

Ainda na presente semana, na terça-feira e na quarta-feira, Suzuka sediará a terceira sessão de testes da Pirelli da temporada, visando o desenvolvimento dos compostos e construções para 2025, com a Sauber, comandada por Valtteri Bottas em ambos os dias, e a Racing Bulls, com Daniel Ricciardo no primeiro dia e Yuki Tsunoda no segundo.

A PIRELLI NO AUTOMOBILISMO
Fundada em 1872, a Pirelli é uma empresa com profundas raízes italianas, reconhecida em todo o mundo pela sua tecnologia de ponta, capacidade de inovação e qualidade dos seus produtos. O automobilismo sempre desempenhou um papel importante na estratégia da Pirelli, com a filosofia da ‘corrida para a estrada’. A empresa está envolvida no automobilismo há 116 anos e hoje fornece pneus para mais de 350 campeonatos de duas e quatro rodas. A Pirelli tem uma preocupação constante com a utilização cada vez mais eficiente de recursos naturais e energia, com o objetivo de alcançar a neutralidade de carbono até 2030.
A Pirelli é parceira global de pneus do Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA desde 2011. A empresa também fornece outros campeonatos, incluindo a Fórmula 2 e a Fórmula 3 da FIA, o Campeonato Europeu de Fórmula Regional da Alpine, o Campeonato Mundial de Ralis da FIA e o GT World Challenge, além de inúmeras séries nacionais.

Pneus Pirelli MotorSport com Certificação FSC™

Milão, 29 de fevereiro de 2024 – A Pirelli é a primeira empresa a produzir uma linha completa de pneus certificados pela FSC™ (Forest Stewardship Council™) para automobilismo. A partir deste ano, todos os pneus utilizados no Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA™ contarão com a marcação do logotipo do FSC. Isto certifica que toda a borracha natural utilizada no pneu cumpre os rigorosos critérios ambientais e sociais exigidos pela FSC, organização sem fins lucrativos, de âmbito internacional, dedicada à promoção de uma gestão florestal ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável.

Esta certificação, anunciada a 10 de outubro do ano passado, quando a Pirelli renovou o seu acordo como Parceira Global de Pneus da Fórmula 1®, até pelo menos 2027, será introduzida em todos os pneus utilizados durante a temporada. Os pneus certificados pela FSC foram introduzidos na sequência de um intenso programa de desenvolvimento, iniciado em 2022, que apresentou resultados claros em termos de fiabilidade e desempenho.

As primeiras sessões de treinos livres do FORMULA 1 GULF AIR BAHRAIN GRAND PRIX 2024 foram hoje o palco para a estreia destes pneus certificados. É um marco significativo que reflete o compromisso da Pirelli de oferecer desempenho e soluções cada vez mais sustentáveis, mesmo dentro de um ambiente tão especial como o do automobilismo, começando, desde logo, com aquela que é a maior expressão tecnológica e competitiva: a Fórmula 1®.

A Pirelli foi confirmada como uma das empresas líderes globais na luta contra as alterações climáticas pelo sexto ano consecutivo, com um lugar na lista “Climate A 2023” do CDP (Carbon Disclosure Project), uma organização internacional sem fins lucrativos que investiga e promove informações ambientais. A Pirelli também foi o primeiro fabricante de pneus a receber uma classificação de três estrelas no Programa de Credenciamento Ambiental da FIA.

Juntamente com a FIA e a Fórmula 1®, a empresa italiana sublinhou a sua posição na linha da frente da investigação e desenvolvimento de novas tecnologias, tanto no lado técnico como no lado desportivo, para apoiar o trabalho realizado na redução das emissões de CO2 ao longo de todo o ciclo de vida de um pneu de Fórmula 1. A certificação FSC junta-se a uma série de iniciativas já implementadas pela Pirelli para o automobilismo nos últimos anos:

Todos os pneus que a Pirelli vai levar para as pistas durante os fins de semana de Grandes Prémios – nos campeonatos de F1®, F2™, F3™ e F1 Academy™ – serão transformados, após a utilização, em matérias-primas secundárias para múltiplos usos circulares;
A energia elétrica utilizada na fabricação dos pneus F1®, F2™, F3™ e F1 Academy™ provém exclusivamente de fontes 100% renováveis certificadas;
A utilização da tecnologia de design «virtual» em todos os pneus reduz não só o tempo de desenvolvimento de forma considerável, mas sobretudo o número de protótipos físicos necessários, e, por consequência, os materiais utilizados na sua produção;
A eliminação das mantas de pneus na Fórmula 1 para pneus de chuva, estreadas no Mónaco no ano passado, reduz a utilização de energia elétrica;
Uma logística mais simplificada, com o transporte a ser preferencialmente realizado por via marítima, ao invés do transporte por meios aéreos, reduz as emissões derivadas das operações logísticas.

GIOVANNI TRONCHETTI PROVERA, VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO DA PIRELLI MOTORSPORT, SUSTENTABILIDADE E MOBILIDADE FUTURA:

“A estreia dos nossos pneus certificados pela FSC no mundo do automobilismo representa um momento significativo na jornada de sustentabilidade da Pirelli. Em 2021, fomos os primeiros a calçar um carro de estrada com pneus certificados pela FSC, e agora estamos orgulhosos de sermos também os primeiros no automobilismo. A Fórmula 1 é um extraordinário laboratório ao ar livre para nós. Permite-nos não só projetar e testar novas tecnologias, mas também melhorar os processos de investigação e desenvolvimento de pneus de estrada e unir o desempenho máximo, típico do ambiente automobilístico exigente, com um compromisso de tornar o mundo cada vez mais sustentável.”

SARA MARIANI, DIRETORA DE SUSTENTABILIDADE E D&I DA FIA:

“A implementação pela Pirelli de pneus certificados pela FSC no Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA é uma forte declaração do compromisso da empresa com a sustentabilidade – não apenas com as suas próprias metas, mas também com o seu alinhamento com os objetivos da Estratégia Ambiental da FIA, que tem como objetivo reduzir o impacto do automobilismo e reforçar o desporto como um catalisador de inovação e tecnologia sustentáveis. Essas ambições foram fundamentais para o concurso de fornecimento de pneus de Fórmula 1, lançado no ano passado pela FIA, para os anos de 2025 e seguintes, e, após uma candidatura bem-sucedida, a Pirelli já começou, de forma admirável, a inovar na procura de uma sustentabilidade ainda maior com a introdução de pneus certificados pela FSC em 2024.”

ELLEN JONES, RESPONSÁVEL DE ESG DA FÓRMULA 1:

“A Fórmula 1 tem orgulho de colaborar com a Pirelli em temas de sustentabilidade em todos os níveis, como a introdução de pneus certificados pela FSC. Este é um passo em frente importante e positivo, e mais um exemplo de como os nossos parceiros estão a demonstrar o seu compromisso com práticas sustentáveis à medida que continuamos a nossa missão rumo ao Net Zero, até 2030. Mal podemos esperar para ver os novos pneus certificados pela FSC em ação, neste fim de semana no Barém e depois durante o resto da temporada.”

FABIAN FARKAS, DIRETOR COMERCIAL INTERNACIONAL DA FOREST STEWARDSHIP COUNCIL:

“O logotipo e a certificação FSC são o padrão de referência para a gestão florestal sustentável. A indústria automóvel precisa de reagir para aliviar a pressão que a produção de borracha natural exerce sobre os ecossistemas e comunidades florestais. Aplaudimos a liderança da Pirelli no enfrentamento dos complexos desafios ambientais e socioeconômicos da cadeia de valor da borracha natural. Esta iniciativa mostra que o desempenho e a sustentabilidade podem coexistir, e o FSC está pronto para apoiar as empresas a nível global a seguirem este exemplo.”

O QUE É A CERTIFICAÇÃO FSC?

O Forest Stewardship Council™ (FSC™) é uma organização sem fins lucrativos, regida igualmente por perspetivas ambientais, sociais e económicas, que abrange mais de 150 milhões de hectares de florestas certificadas, sendo uma referência global na gestão florestal. Os rigorosos padrões do FSC exigem que as florestas sejam geridas de forma a preservar a diversidade biológica, beneficiando, ao mesmo tempo, os trabalhadores e as comunidades locais de uma forma que seja economicamente benéfica para eles. O robusto processo de certificação FSC garante que todo o material certificado seja separado do material não certificado em toda a cadeia de fornecimento, desde a plantação até à fabricação do pneu.

CADEIA DE FORNECIMENTO DE BORRACHA NATURAL DA PIRELLI

A certificação FSC da borracha natural utilizada pela Pirelli para fabricar pneus para o Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA é o mais recente passo no programa de longo prazo da empresa para gerir de forma sustentável a cadeia de abastecimento de borracha natural. Isto é conseguido através de um mapa de melhores práticas nos diferentes países de origem da borracha natural, em linha com os princípios e valores estabelecidos na Política de Borracha Natural Sustentável da Pirelli de 2017. Este documento é o resultado da consulta com as principais partes interessadas no cadeia de valor da borracha natural, incluindo ONGs internacionais, os principais fornecedores de borracha natural da Pirelli, produtores e vendedores na cadeia de fornecimento, clientes do mundo automóvel e outras organizações globais.